Sigo, Prossigo, Para Ser Alguém.
Não.
Não sei usar aparelhos modernos.
Nem quero que ninguém me ensine.
Prefiro as relíquias guardadas no meu porão.
Não.
Não compro os perfumes anunciados nas revistas.
Tampouco atendo as revendedoras que batem em meu portão.
Não compro relógios no camelô,
nem dou bom dia aos meus vizinhos,
Tampouco sei seus nomes.
Não.
Não aprendi a gostar de ninguém,
já que alguém só me fez sofrer.
Nem estou disposto a constuir um lar para dois,
quero uma bolha só para mim.
Fiz de mim o que não sou?
Não.
Fiz, e faço, o que nem sei, nem imagino.
Todavia caminho sozinho,
contando as pedras do chão,
as folhas secas,
as nuvens em formato de animais,
os olhos pedindo esmolas e os
pássaros presos em gaiolas.
Sigo, prossigo, para ser...alguém!