A Rua
Mora em uma rua cercada de prédios
de luxo
Os cidadãos tem dinheiro e curso superior
Mas não passam de bruxos.
Espantado ficou ao ver que naquela rua
As pessoas não lhe digam bom dia ou um simples olá
Mais pasmado ainda ficou ,quando os cabelos
ficaram brancos
E nem a maturidade ou a sapiência da velhice
Os fizeram dizer bom dia ou um simples olá
Espantado assustado com
Cidadãos de corações enregelados
paralisados,duros corações
sem emoções
Notou que estes sentimentos
estavam tomando conta dele
Ao ficar surpreso em receber
Bom dia de uma rua vizinha
Percebeu que aquela rua,
Era nua crua vazia
Mudou se mas o hábito
de não cumprimentar
já tinha tomado conta dele
Quando uma vizinha,
do n ovo bairro perguntou:
Porque não cumprimentas as pessoas?
Porque?
Hábito e a quietude que o poeta necessita
para poetar!Ou a rua nua crua vazia
o fizeram esquecer que
sempre há tempo para dizer olá!
Descongelou o coração
E saiu dizendo olás e recebendo
olás pela nova rua,
Sem luxo com gente sem curso superior
Porem superiores aos ricaços da
rua antiga vazia nua crua
em que lhe fizeram em pedaços
e em que morou no passado.
E os seus poemas não transbordavam
Sentimentos alegre ou tristes
os seus versos secos até então
começaram a brotar no amor do coração
recuperado,
sentimentos reabilitados
na nova rua...