A Rua

Mora em uma rua cercada de prédios

de luxo

Os cidadãos tem dinheiro e curso superior

Mas não passam de bruxos.

Espantado ficou ao ver que naquela rua

As pessoas não lhe digam bom dia ou um simples olá

Mais pasmado ainda ficou ,quando os cabelos

ficaram brancos

E nem a maturidade ou a sapiência da velhice

Os fizeram dizer bom dia ou um simples olá

Espantado assustado com

Cidadãos de corações enregelados

paralisados,duros corações

sem emoções

Notou que estes sentimentos

estavam tomando conta dele

Ao ficar surpreso em receber

Bom dia de uma rua vizinha

Percebeu que aquela rua,

Era nua crua vazia

Mudou se mas o hábito

de não cumprimentar

já tinha tomado conta dele

Quando uma vizinha,

do n ovo bairro perguntou:

Porque não cumprimentas as pessoas?

Porque?

Hábito e a quietude que o poeta necessita

para poetar!Ou a rua nua crua vazia

o fizeram esquecer que

sempre há tempo para dizer olá!

Descongelou o coração

E saiu dizendo olás e recebendo

olás pela nova rua,

Sem luxo com gente sem curso superior

Porem superiores aos ricaços da

rua antiga vazia nua crua

em que lhe fizeram em pedaços

e em que morou no passado.

E os seus poemas não transbordavam

Sentimentos alegre ou tristes

os seus versos secos até então

começaram a brotar no amor do coração

recuperado,

sentimentos reabilitados

na nova rua...

Suzana da Cunha Heemann
Enviado por Suzana da Cunha Heemann em 16/07/2011
Reeditado em 16/07/2011
Código do texto: T3098755
Classificação de conteúdo: seguro