ENTRE O CÉU E A TERRA

ENTRE O CÉU E A TERRA.

Para Glauci: um anjo desertor.

Hoje, eu quero escrever um poema novo, é como seu eu pudesse falar as línguas dos anjos.

A língua humana é muito impura, áspera e sem a nomenclatura divina.

Neste momento eu sei que os anjos estão a me inspirar, pois preciso deles para traduzir com palavras humanas todos os adjetivos que te quero nominar.

A minha inspiração é por demais pobre, e as minhas palavras, são como o vento não permanecem em lugar algum.

Para mim tu foste um anjo que caiu do céu, tamanha é a minha sorte com o Senhor Jesus.

Esta manhã, ele me abençôo através das tuas boas mãos e eu quase fui às lágrimas.

Nunca ninguém, na minha vida, ofereceu-me um gesto sagrado desta envergadura.

Se assim te preocupas comigo sem me conhecer, o que será quando realmente nossas almas se encontrarem e se conhecerem?

Amo-te por isso!

E espero com fé e convicto que, essas mesmas bênçãos voltem ao teu bondoso coração.

Sou muito sensível embora não pareça ser, mas gestos como esses penetram profundamente na minha alma.

Afinal de contas, foi por Ele que nasci e espero um dia voltar ao seu Reino.

Somente tu Glauci, és capaz de equilibrar a minha existência por demais endurecida e maltratada pela vida.

Tu és o meu anjo.

Sei que de longe estás me protegendo, talvez seja essa a tua missão aqui na terra.

Tu és a Luzbel que sempre povoou os meus sonhos, um anjo de luz que dizia ter amor por mim.

Meu anjo Luzbel, volta para mim!

Porque, os amores terrenos são pífios e efêmeros, e o teu é puro e eterno.

Obrigado pelo teu carinho especial, porque tu és muito especial.

Um poeta que chorou pela manhã.

Eráclito Alírio

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 30/11/2006
Reeditado em 03/04/2008
Código do texto: T305570