AMANDO SE APRENDE A AMAR

AMANDO: SE APRENDE A AMAR.

(amar: um verbo intransitivo)

É necessariamente através do exercício e da experiência do AMANDO, que se aprende verdadeiramente a conjugar e concomitantemente a exercer o fascínio indizível do consciente de AMAR.

AMAR na sua origem e no léxico Português é naturalmente um verbo intransitivo, contudo na sua realidade existencial e emocional, ele é um verbo mais do que transitivo, em virtude da sua mobilidade frequencial e, acima de tudo, pela característica própria, intrínseca de transmudar-se de intransitivo para transitivo.

O AMAR para existir na sua plenitude exige a condição da concorrência do tudo, não se pode amar em partes, ele só é autêntico quando se identifica com o conjunto, numa perfeita sintonia com o todo e com o tudo.

AMAR é genuinamente HARMÔNICO.

Quando o indivíduo se encontra em perfeita harmonia consigo mesmo e com o mundo que lhe rodeia, inclusive com o universo que lhe cerca, experimenta uma sensação inexplicável de sublimação.

Um envolvimento de ternura e de uma serena paz. E nesse estágio, quase sempre semitranscendente, ele transpira e inspira o substrato metafísico do AMOR.

O AMOR na sua concepção psíquico-inteligível-intuitiva, é a culminância da perfeição dos humanos, é a antecâmara para a projeção ou o arrebatamento místico (elevação) para, uma dimensão maior, imponderável.

É nesse estágio meio divino que nos aproximamos ainda impuros da verdadeira Luz, do ininteligível e do INFINITO AMOR.

AMAR é além de transmudar-se em verbo transitivo também é um verbo EVOLUTIVO, é o espírito evoluindo para o infinito.

Nós amamos por uma condição imanente em nós de amar (presença divina), com os objetivos ascensionais e verticais de evoluir com o amor humano em direção ao amor divino.

Para AMAR basta apenas estar receptivo ao AMOR, o amor não é possessivo, ele apenas requer uma condição básica para a sua existência ou ocorrência, é a IDENTIFICAÇÀO.

Basta uma identidade de SER, e ai, o AMOR se processa automaticamente, daí infiltrando-se no inicial caminho da identidade mútua, para interpolar-se nas qualidades e nas virtudes do todo AMADO.

AMAR exige um equilíbrio, uma qualidade que o reveste para ceder ao SER objeto do AMOR, a condição primeira e única para a sua existência pacífica: A harmonia.

A HARMONIA expurgando o EGOCENTRISMO, para dar lugar a um INIFITO CENTRISMO DE AMOR.

Eráclito Alírio.

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 29/11/2006
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