PARA UMA MENINA COM UMA FLOR.

 

 

 

Joesa Rosa,

 

 

 

 

É chegado o mês de junho, frio e saudoso, como todos os junhos, entretanto, apesar do tempo ser triste e acinzentado, ele mês traz uma recorrência de sonhos vividos, mesmo na forma imaginativa de todos os sonhos longínquos.

Por isso, eu quero te dedicar este pequeno poema, a bem da verdade, uma prosa com o título que acima escrevi: “Para uma menina com uma flor”.

Este mês não é propício e nem é abundante em flores, fato esse que, me levou a escrever esta prosa para uma menina com uma flor, porque tu és a minha menina flor, aromatizando todos os meus dias de junho que se farão sempre presentes em meus sonhos doidos.

Neste mês na estufa quente dos sonhos comungados, tu já existias como um doce encanto, como flor idealizada que, para espanto meu e, de súbito, desabrochaste no mês de maio, mês esse muito mais apropriado para nascer rosa menina.

Agora, transformando-te em marinha rosa, quero dizer Joesa Rosa, minha rosa sideral.

“Para uma menina com uma flor” é o meu tributo singelo por estares sempre me rodeando como menina flor e, em cujas pétalas aveludadas, com a maciez da inocência, eu beberei o cristal líquido da gota de orvalho, ali, depositado em madrugadas frias de saudades.

Se tu me beijas com três beijinhos, numa intenção carregada de amor é porque tu és a minha rosa menina e, assim, nada há em ti que não haja o bastante em mim, por isso, tu és a minha menina como uma flor.

Se tu me amas como flor eu também te amo como rosa e, assim, eu cantarei todos os dias as tuas pétalas, até o dia final do meu reinado de flor.

Quando as tuas pétalas começarem a se despetalar e o tempo roçar os teus cabelos pretos de forma inevitável. Não chores menina rosa, pois de onde eu estiver, ouvirei o leve sussurrar de pétalas e humildemente as colherei e as guardarei no vaso de saudades das minhas emoções. Para, chorarmos juntos, eu como flor alma, e tu ainda uma menina como uma flor.

 

Eráclito Alírio

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 26/11/2006
Código do texto: T301732