JOESA E CLAVSON.
I- Sepulcro de beijos, ainda há fogo nos teus finos lábios e calor no teu ventre movediço. (P.N.) Existiu em teu olhar meigo uma sombra de Clavson e nos teus lábios um sonho transcendental de Joesa.
II- Na simpatia de Clavson ensejou-se uma genitura de igual valor, entretanto, a primogenitura elaborou a realeza morenice nas melenas de ébano de Joesa.
III- Sorriu o céu, a lua saiu do quarto e as estrelas se incandesciam grávidas de ternura, numa reverência sideral para uma Alfa que acabara de cair na terra.
IV- Quantas alegrias foram depositadas em fraldas molhadas, quantas emoções temperadas nos chás para o afastamento das cólicas. Apreensivos nós ficávamos.
V- Joesa foi um sonho de água e sal docemente arremessado pelo tropel das ondas, um murmúrio de paixão marítima. Estrela marinha, calcinada, navegante do útero em águas amnióticas, doce mar gerador de vidas.
VI- Clavson permaneceu em sonho, artificializando a chuvinha teimosa. Deveria ter saído do limbo para formar corola com Joesa, mais uma pétala iria se abrir.
VII- Tem esse sentimento som de madeira rústica e nobre onde foram depositados com esmero sonhos leves.
VIII- Permanente ficou e incrustada foi a graça de Clavson na leveza de Joesa. Uma rosa selvagem que trago suavemente plantada em meu coração. Joesa Rosa, última flor desabrochada do sêmen da minha já próxima senescência.
Eráclito Alírio