DEUSA VIKING I
DEUSA VIKING I
Esposa de Odin.
Oh! Transparente vestal, deusa entristecida pelos escaninhos da vida, aonde posso te encontrar?
Permanece em mim a presença fria de tuas mãos compridas e boas, cheias de junho e carinhos fartos.
As carícias vividas foram ternas e, assim, eternizaram-se as lembranças.
Das tuas mãos partiram arrulhos de pássaro silvestre perdido, de cujas asas, lembro-me estavam partidas.
À noite era o doce vinho na embriaguez transparente, evolando-se em aroma de hortelã, um néctar de deusa.
Teu corpo de marcas irremovíveis foi, de pronto, o meu porto de carícias.
Ainda me perseguem os teus beijos inconseqüentes, uma versão de súcubu ardente, contorcendo-se na noite vazia.
Ah, os beijados membros, a sensualidade dos teus seios, íntimas torres movediças da tua sabida soberania.
Houve uma noite no “Tropical”, jazias no leito e o teu corpo abrasado em delírio para o prazer, era um convite irrecusável.
Todos os sonhos se atracaram em ti, e eu me fazia presente encantado com a divindade da tua dinastia.
Foi um pássaro de prata que te arrebatou de asas partidas e, de repente, a dor da perda infinitamente grande.
São rosas que chegam, anéis que se partem, somente a Barby estabelece o seu sorriso contínuo.
Teu encanto transitou para o lado adjacente e, agora, estás na convivência de súcubu de igual valor.
Esposa de Odin, tu continuas enobrecida com a galante postura real, embora perdida nos fiordes do teu próprio reino, um dia, atracarás no Valhalla onde Odin te espera.
Eráclito Alírio.