Banquete

Como são bons esses aromas na cabeça... Esse sistema nervoso crescendo, desobedecendo as regras do pudor, desfavorecendo a sensatez de não tocar. Como é boa essa sensação de pertencer ao imprudente prazer do desmoronamento da inibição. Feito alguém que tem algo incrível guardado... Um mel desmanchando no calor das dobras do corpo, um bilhete pedindo pela língua em anexo, um complexo de poros se arrebentando dentro da roupa... Como são boas  essas paragens pululando nas pupilas endócrinas e, essa incrível fome de querer devorar, o que termostaticamente, está tão disponível!

Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 03/05/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2947465
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