interação a prosa poética do Miguel Jacó:
O FRUTO DO QUE DESEJO.
TE SENTES PERDIDO...
Neste teu lamento,
tu reclamas de ti mesmo,
tornando a vida um tormento,
e vivendo triste, a esmo,
com o corpo consumido,
nesta permanência terrena,
te fechas, te sentes perdido,
tendo a face, plácida, amena.
Tens ainda vivo este orgulho,
não te calas, nem te conformas,
te sentes só, um bagulho!
Olhando o caminho percorrido,
que tantas vezes fizestes reformas,
e te ves como nada, porém atrevido,
contradiz, na memória, o que tens vivido.
Esmaecido pelo tempo, esquecido,
qual triste caminho indolente,
que tantos têem percorrido,
pisando sobre tu"alma indigente.
Não tens mais sonhos e ilusões,
e a vaidade, em trapos, perdida,
moribundo, já quase morto,
esquecestes as tuas paixões,
arquejado, sem rumo, torto,
neste cinismo sem vida.
Teus mais escusos pensamentos,
tu expôes sem ao menos pensar,
no que possa intentar.
Dizes tudo que não queres,
como dito por não dito,
como tantos outros seres,
deste mundo infame, maldito.
Imploras que te desnude,
das tuas malfazejas derrotas,
enquanto vivestes de glória,
fiz por ti, o que pude,
me pisastes com tuas botas,
e hoje, te lembras desta senhora.
Serei rápida, muito piedosa,
num golpe misericordioso, majestoso,
dou-te a morte,e o meu amor, com uma rosa...
O FRUTO DO QUE DESEJO.
TE SENTES PERDIDO...
Neste teu lamento,
tu reclamas de ti mesmo,
tornando a vida um tormento,
e vivendo triste, a esmo,
com o corpo consumido,
nesta permanência terrena,
te fechas, te sentes perdido,
tendo a face, plácida, amena.
Tens ainda vivo este orgulho,
não te calas, nem te conformas,
te sentes só, um bagulho!
Olhando o caminho percorrido,
que tantas vezes fizestes reformas,
e te ves como nada, porém atrevido,
contradiz, na memória, o que tens vivido.
Esmaecido pelo tempo, esquecido,
qual triste caminho indolente,
que tantos têem percorrido,
pisando sobre tu"alma indigente.
Não tens mais sonhos e ilusões,
e a vaidade, em trapos, perdida,
moribundo, já quase morto,
esquecestes as tuas paixões,
arquejado, sem rumo, torto,
neste cinismo sem vida.
Teus mais escusos pensamentos,
tu expôes sem ao menos pensar,
no que possa intentar.
Dizes tudo que não queres,
como dito por não dito,
como tantos outros seres,
deste mundo infame, maldito.
Imploras que te desnude,
das tuas malfazejas derrotas,
enquanto vivestes de glória,
fiz por ti, o que pude,
me pisastes com tuas botas,
e hoje, te lembras desta senhora.
Serei rápida, muito piedosa,
num golpe misericordioso, majestoso,
dou-te a morte,e o meu amor, com uma rosa...