PERDÃO OU CASTIGO
Existem terríveis dores
Que se pode suportar
Porém, a perda de um filho
De maneira tão cruel
Não se pode imaginar
Que não mereça castigo
Quem de forma tão covarde
Tantas vidas vêm roubar.
Só quem já passou por isso
Terá como avaliar.
Somente a fé e o tempo
Terão como aplacar
As piores dores da vida
Que aos poucos cicatrizam;
O sublime é perdoar
Bandidos que assassinam?
Não consigo imaginar
Se perdoar é sagrado
Não pode ser para o humano
Que às vezes desesperado
Só crê na dor, no profano
Só deseja ser vingado.
No entanto um desumano
Assassino desalmado
Deixa-nos o coração sangrando
Mesmo assim é perdoado
Por um pai cheio de dor
Que é pela fé, consolado.
Só quem não tem coração
Ou não nasceu, foi minado
Consegue com as próprias mãos
Friamente ter matado.
Um covarde e desumano
Que morava bem ao lado.
É somente acreditando
Em um Deus que não se vê
E na justiça dos homens
Que quase nunca se crê
Para que tantos bandidos
Consigam ser condenados.
Brasília, 31/03/2011
Existem terríveis dores
Que se pode suportar
Porém, a perda de um filho
De maneira tão cruel
Não se pode imaginar
Que não mereça castigo
Quem de forma tão covarde
Tantas vidas vêm roubar.
Só quem já passou por isso
Terá como avaliar.
Somente a fé e o tempo
Terão como aplacar
As piores dores da vida
Que aos poucos cicatrizam;
O sublime é perdoar
Bandidos que assassinam?
Não consigo imaginar
Se perdoar é sagrado
Não pode ser para o humano
Que às vezes desesperado
Só crê na dor, no profano
Só deseja ser vingado.
No entanto um desumano
Assassino desalmado
Deixa-nos o coração sangrando
Mesmo assim é perdoado
Por um pai cheio de dor
Que é pela fé, consolado.
Só quem não tem coração
Ou não nasceu, foi minado
Consegue com as próprias mãos
Friamente ter matado.
Um covarde e desumano
Que morava bem ao lado.
É somente acreditando
Em um Deus que não se vê
E na justiça dos homens
Que quase nunca se crê
Para que tantos bandidos
Consigam ser condenados.
Brasília, 31/03/2011