Texto
Quem me dera escrever, de súbito e de todo, o texto mais preciso, exato e necessário. Aquele onde o onde importa e o porquê se multiplica.
Se procurei e não havia, quem sabe o sentimento, o sentido impreciso das horas no tempo, na vida, na ida. É como quando o selo cumpre a sua missão e de sê-lo e de cumpri-la se cansa, sai da cela e se levanta, ocupando a macieza surpreendente e esperada que alcança. Falo da que libera, a outra, a sela, com a qual somada ao que me leva, me descobre sendo o que sou e me modificando.
Talvez encontre no inevitável, a saída, e nela, a forma que contém a porta, quando aborta, impede, corrompe e alucina.
Dera que, ainda mais de súbito, vejo no súbito, o que vejo através do que me é de repente; Sinonímias... E o que me importa é me ler, e não na primeira página, mas na primavera primeira. Aquela que sempre chega, porque enquanto flor, desnuda o sério e enquanto importância, faço com ela, o que faço com a quimera, e ao fazê-la assim em verdadeiro, devolvo ao corpo, o inteiro, e ao texto, o que lhe é de direito: Ter em sua origem o que ele não puder deixar de ser. O que ele não conseguir evitar.
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Em: 20/03/2011