Olhar subjetivo
Olhar subjetivo
Consumida pela análise, observo no tempo presente, o aroma do café me remetendo sempre á outro tempo. Parto em busca de perspectivas, recorrendo aos meus livros sem paginas, que reluz o sorriso sem graça atordoado diante as digressões, estas de mim fizeram uma casa.
Resta a tentativa de segurar o olhar dissimulado pela ação do vento. Fracassa a tentativa, faço as malas, antes amasso o narrador demiúrgico tornando meu livro um narrador subjetivo onipresente.
Jane Krist
Nos acordes de:
Marina Lima e Zélia Duncan
A tempestade me assusta
Como sua ausencia
Você, raio humano
Despencou
Na minha cabeça
E desde então
Grita
Esse trovão
No meu peito
(...)
Agora eu entendo
Meus sonhos
São outros
Enquanto eu durmo
Enquanto te espero
E chove no mundo
Eu não me acostumo
Com a falta de rumo brasileiro
E esse tom de desespero
Que atingiu o nosso amor
Penso no homem que dorme
Nas ruas do rio
E agora flutua nos rios da rua
E os barracos
Na beira do abismo
Deslizam no cinismo
Da vieira do souto
Meus sonhos são outros
Enquanto não durmo...
Por dentro dos túneis
No fundo do poço
Ninguem fica imune
Crecendo no esgoto
E nosso amor
Sem risco e sem glõria
Se escora na história
Do meu país do desgosto
Meus sonhos são outros
Enquanto não durmo