Polígonos e confusão de mim mesma
Não é como se eu quisesse viver um grande amor. Não é como se eu quisesse viajar pelo mundo nem também como se eu quisesse fugir daqui. Eu não gosto é de me sentir assim. Tão amando e tão distante; tão amada e tão sozinha. Mas eu tenho me sentido assim praticamente o tempo todo. De modo que estou, não dentro de um triângulo, mas de um outro polígono assustadoramente cheio de lados desiguais e incontáveis! Meu coração não só não sabe quem ama de verdade, como também não entende por que certas coisas nunca acontecem ou não são duradouras. No lamento da noite, meus pensamentos parecem fazer silêncio e é quando consigo escrever. O momento ideal para tirar minha capa e jogar fora qualquer excesso de mim. Porque às vezes eu mesma canso de ser eu. Canso de não entender as coisas mais simples e complicar o que não é complexo. Enche-me o saco não conseguir adivinhar. Irritam-me as surpresas. Mas eu vivo intensamente, apesar dos pesares, e, quando alguma coisa começa a dar errado, às vezes eu explodo numa ira terrível ou apenas sorrio para a vida dizendo “quebre a perna”.