INDEFINÍVEL

INDEFINÍVEL

As cortinas esvoaçando na janela

Aceitavam a caricia da brisa

Que silenciosamente

Invadiam o quarto.

Traziam certo refrigério

Ao ambiente cansado.

Sem saber,

Renovava o ar

Que era suspirado.

Preenchia cada canto

Como se estivessem

Vagos e cheios de solidão.

Era uma visita indifinível

Onde a razão

Era uma mera expectadora.

A folha de papel sobre a mesa

Suportava a caneta sem tampa,

Com a expectativa de quem

Quer descobrir

O pensamento

Que seria vestido de palavras.

Indefinível era também

O contraste do balanço da cortina.

Com a indefinilidade

Do tempo

Que conseguia

Estancar

O que era pra ser uma corrente.

Di Camargo, 13/11/2010

Di Camargo
Enviado por Di Camargo em 14/11/2010
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