DESPERTAR...
(O Brilho do Amor)
Eu estava prisioneira... Num local
desconhecido...
Adormecida por estranha anestesia...
Proibi-me de acordar para o real,
Inventei enredos e esqueci caminhos
Temerosa em me libertar de mim
E não poder sonhar como podia!
Eu estava sufocada... Entre o tudo
e o nada...
O tudo... era o desespero de encarar a
vida...
O nada... se decantava em ilusões
perdidas!
O tempo se encarregou desses estados...
Dando-me a coragem de marcar a hora De reagir a essa letargia de ver
O amor de olhos semi-abertos...
Como semimorta eu vivia!
Meus passos cruzavam caminhos
sombrios...
Com luzes mortas e frias,
Onde jamais havia estado um dia...
E cansada, eu adormecia imaginando.
Que aquele eu... Pertencia-me
E não lutava como poderia...
Não me importava sequer
O quanto o meu eu... Valia...!
Certo dia... Não sei a hora,
O tom do cinza estremeceu de tristeza
E as cores vivas da aurora
Se deitaram comigo,trazendo em meu leito
o Amor verdadeiro.
Apenas para que eu acordada,
Lembrasse-me de seu brilho...!