FALHAS
Quanto mais estreitos são nossos laços, mais obstáculos
aparecem e as falhas saltam aos nossos olhos.
O humano aparece e o divino se esconde.
Errar é humano, alguém disse.
Fazer do erro sua sepultura é maligno.
Transformar sua falha em trampolim para voos mais
altos e conscientes, é divino.
O amor definitivamente não é cego.
Nossas imperfeições nos possibilitam crescer e
amar ainda mais o belo em nós.
O medo do sofrimento talvez nos impulsione a fugir.
Ou até mesmo fechar os olhos para não ver que
o ser amado , tão idealizado, não existe.
Amo as suas imperfeições porque nelas reconheço
as minhas e busco ser melhor.
Pela primeira vez não vou fugir.
Quero amar, mesmo sabendo que as consequências são, muitas
vezes, dolorosas.
Contudo, amar e ser amado é compensador.
O amor e o amar valem a pena e, nesse momento, o divino
aparece e o humano se dobra à beleza do sentimento.