Silêncio

Casacos e capas de chuva são o que observo nesta manhã cinzenta. O sol, por sua vez está inibido pelo brilho negro e ingrato das nuvens. E de repente, por uma pequena brecha, o arco-íris se anunciae traz novas esperanças ao que jazia em ruínas.

Pois não morremos. Serão alimentados com a força daquelas cores de esperança e amor. Esse amor que faz de uma manhã chuvosa, motivo suficiente para pensar em ti.

Então a brecha de luz se fecha. Sons da chuva no telhado, em direção ao infinito (...). E o pensamento a vagar por dentro de ti. Construiríamos muros de agonia se não as fossemos surpresa, superação e vida, sobretudo.

A mente humana é para mim infalível, tão quanto pensar em si. Nos momentos de infinita saudade, minhas mãos tocam os teus cabelos, como se com toda calma o fizesse, e não é só. Meus lábios tocam os teus e não me lembro de mais nada, e nem gostaria.

Fábio de Miranda
Enviado por Fábio de Miranda em 20/09/2010
Código do texto: T2508589
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