Poeminha ou prosinha de amor

meu amor,

minha pequena luz lá longe. . . ilumina tudo!

e de tão longe a luz,

ilumina todo o mundo.

minha princesa dos olhos singelos, d'aqueles olhos;

olha por mim na paz,

na luz,

na alma,

na calma,

no escuro,

no cantim,

no nosso nim.

Cola peito a peito o desejo.

Na carne quente do suar da pele, no sussurro que queria virar grito, na conversa de madrugada, no “EU TE AMO” empolgada. . . na luz da lanterna que permanece acesa e ilumina só os rostos de prazer e paz.

Vai lá ilumina todo caminho e me traz mais, mais de nós. Muitas vezes mais!

Cola na parede nosso retrato com fita de cor e jura que vai me dar mais amor.

Não para de desenhar na luz a noite. Faz-me uma tartaruga de casco grande e uma mão descomunal do tamanho do quarto, e diz que ta lindo no final.

Encontra seu canto, me da um pouco da coberta, pede cafuné, pede pra por meia, pra trazer água, pra fechar a cortina, pra conversar até pegar no primeiro sono;

Acorda comigo, deita comigo, faz que toda manhã seja como as de domingo.

Não vai embora cedo, fica mais um pouco por perto e traz mais sossego. . . Não fica brava, não faz charminho, não diz que é difícil ou que “é o fim”.

Pede-me pra fazer um poema de amor e deixa eu te chamar de flor, porque você é a menina mais bonita.

Deixa eu te fazer um jardim de flores pra você se misturar com as da sua família; escrever um versinho feio pra te encantar; fazer uma serenata desafinada pra você fingir que vai gostar; inventar uma pequena riminha como a desse poeminha.

Eu vou te dar um coração que carrega o maior amor de todos só pra te impressionar e fazer você ficar embasbacada. . . Tudo isso pra te pedir com jeitinho pra morar comigo amanhã de novo. E se tudo der certo, pra torcer pro meu time.

E você vai saber que em poema ou prosa eu conheço todos nossos detalhes e você vai acabar ficando por aqui mesmo, arrumando seu cantinho, permanecendo aos pouquinhos com fé na nossa paz.

Vai embora não, menina!

Dorme comigo e eu te faço café amanhã, te leio uns versos, faço um chamego. . . Fica na cama até tarde.

Você, pequena, tem a paz do mundo e não sabe. E eu, ah, eu faço da nossa vida uma odisséia de Quixote pra te impressionar.

E se por acaso eu tiver que sair rapidinho enquanto você dorme, eu deixo um recado:

“meu amor, fui ali fazer qualquer coisa, mas não importa, porque você sabe que no fim é sempre um pelo outro. TE AMO. Seu L.”

Já é tarde, fica por aqui e se encolhe que eu me recolho e te dou essa prosinha de amor.

L Figueiredo
Enviado por L Figueiredo em 19/09/2010
Reeditado em 14/04/2014
Código do texto: T2508488
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