FATALISMO


O realismo dos meus sonhos empedernidos é como as vibrações das tempestades no influxo histórico das vis idealizações, onde o sujeito do desejo insano abastece a indisciplina das acobreações exóticas... E as mensagens psicodélicas avançam sobre as cabeças alienadas como vampiros surrealistas, desfolhando a jardinagem exposta; ainda que os visionários nos falem de novos sistemas de coisas fundamentalistas... A sociologia estudiosa do comportamento do ser social é um maquinário introspectivo de presenciar relações expostas cotidianas, onde a individualidade é o veneno mortal de todas as sociedades humanas; porquanto as participações criminosas dos políticos corruptos são bombas homicidas, disseminadas em todas as companhias teatralizadas no ópio da religiosidade maquiavélica eclesiástica... Ligações de extermínio?
O subjetivismo da minha linguagem poética são as personagens do meu Eu fragmentado; mas a revolucionária adaptação versátil e eclética de um artista polivalente é o que me metamorfoseia num ser politizado; ainda que ameaçadamente vítima da violência da ignorância incauta dos infrutíferos perfuradores das artes... A industrialização da tecnologia da comunicação reproduz a improbidade da governabilidade omissa à liberdade de expressão, tentando nos convencer da sua supremacia televisiva – nós (da Rede Globo) somos os mais competentes, e por isso obtemos o maior sucesso e a nossa maciça vontade empresarial... Os últimos instantes desta realidade chocante é a primeira entrevista discernindo sobre o meu novo Sistema de Coisas, intitulado por mim como o Sistema Ecomunitarista... As adaptações políticas são as ingentes expectativas da Nova Ordem Mundial, pois a política tem sido a grande indecência moral das nossas civilizações humanas...
As imaginações poéticas extremistas têm me levado por caminhos espinhentos e turbulentos, onde a ânsia criativa tem cerzido as minhas feridas psicológicas; iluminando o meu idealismo persistente e transcendental... As mutilações do capitalismo selvagem, brutalizando e inferiorizando o ser social, são polvos gigantes abocanhando as liberdades dos desejos irrealizáveis, não porque não possam ser realizados; mas porque os três poderes maléficos impedem... A presença da arte tem amenizado as nossas injustiças sociais, sempre alargando o espaço dos discernimentos... Constrições do arrepio me fazem confiar na utópica convivência social plenamente humanizada pela caridade e pelo amor... O sabor da verdadeira justiça social são as constelações ofuscantes da Eternidade, proclamando a independência dos sentidos que se encontram mutilados...
Incêndios gigantescos invadem a minha mente mentecapta, mente esta que não diz respeito ao sistema onírico freudiano, e o Outro lacaniano não é o Deus que eu reconheço em meus desenhos espirituais; e o estágio mental em que me encontro são borboletas lindas e coloridas livremente se banhando ao sol sorridente... Não quero abrir mão de ser feliz na minha infelicidade, pois o meu futuro espiritual é a minha consagração... E Deus conhece os meus propósitos literários e artísticos, porquanto o meu desespero material é trabalhar em prol da evolução da nossa humanidade, como se eu fosse uma chama ecológica ilustrando os versos das madrugadas... Senhores e senhoras ilustradas nos vossos diplomas acadêmicos, sou um artista autodidata impressionado no fatalismo das coisas: as ejaculações sinistras das noites obscuras são incompetências dos que adquiriram um diploma; mas não conquistaram o poder do conhecimento do saber das coisas... Inacreditável violação dos direitos humanos são forças malignas oprimindo os que mais trabalham: e o estudo dos doutores são flechas pontiagudas perfurando os corações das massas oprimidas – e novas tempestades surgirão!





FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 16/09/2010
Reeditado em 18/09/2010
Código do texto: T2502146