Foi

Foi já pertinho do portão que eu pedi desculpas. Pelo tempo, o centro, o lado.

Foi pela culpa, pela alegria desvairada. E fui... Chovia e a chuva era dissimulada, disseminada. Quase perfeita.

Invadi, sem perceber, o desejo estreito. Repeti diversas e miúdas vezes o nome, o sobrenome, o endereço rabiscado no verso do vento.

Foi um molho de flores, um molho de chaves. Do ramalhete, quase um nada.

Parti e reconheci na fotografia aquele teu jeito de cruzar os braços, e de pertencer assim ao mundo, e de olhar da forma com que olha, quem assimila o vento em um único subir da pandorga.

Em: 13/ 09/ 2010

Tânia Fonini
Enviado por Tânia Fonini em 13/09/2010
Código do texto: T2495382
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