Foi
Foi já pertinho do portão que eu pedi desculpas. Pelo tempo, o centro, o lado.
Foi pela culpa, pela alegria desvairada. E fui... Chovia e a chuva era dissimulada, disseminada. Quase perfeita.
Invadi, sem perceber, o desejo estreito. Repeti diversas e miúdas vezes o nome, o sobrenome, o endereço rabiscado no verso do vento.
Foi um molho de flores, um molho de chaves. Do ramalhete, quase um nada.
Parti e reconheci na fotografia aquele teu jeito de cruzar os braços, e de pertencer assim ao mundo, e de olhar da forma com que olha, quem assimila o vento em um único subir da pandorga.
Em: 13/ 09/ 2010