Eu Não Existo Mais

O sol esfria meu ser com raios de ódio frio, os pássaros cantam um silêncio fúnebre perto de mim, as pessoas olham-me com um olhar assassino: a vida me odeia!

Faz tempo que em todas as manhãs tratam-me desta maneira: mortiferamente.

O universo. A natureza.Os viventes... Todos querem extinguir meu corpo efêmero, que, de alguma forma, trancafiou-me dentro dele. Entre correntes, celas e prisões: é assim que estou. Sou a alma feita prisioneira dentro deste corpo maldito, emprestado do tempo...Talvez, por isso, tudo e todos queiram exterminar o meu lado de fora: para acabar com meu sofrimento cativo.

Esta carcaça age de uma forma que não consigo controlá-la, pois estou amordaçado dentro de mim, como um mero observador desse novo ser Estranho.

Não reconheço o exterior que um dia controlei, a vida que um dia vivi, os sentimentos que um dia possui...Tudo mudou quando fui retirado do controle.

Não sei se há resgate para mim, e se houver, talvez seja tarde demais, pois tenho quase certeza... Eu não existo mais.

O Bruxo

Lui Jota
Enviado por Lui Jota em 03/09/2010
Reeditado em 03/09/2010
Código do texto: T2476820
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