O Deus dos Miseráveis
Oh Deus dos Miseráveis! Estende a tua mão aos teus filhos imprestáveis, que zombam de ti e dos próprios irmãos.
Dizem blasfêmias, as fazem cumprir, destroem a criação e continuam a sorrir. Como se tudo fosse normal. Normal. Nada é normal. O próprio conceito de normalidade já constitui uma diferença descomunal.
Descomunal rima com mal. Mal rima com destruição; e não é o que está acontecendo em toda vastidão?!
Oh Deus dos Miseráveis! Não seja mais imprestável que teus filhos. Levante-se! Estenda tua mão! Ou Mande ao menos um bilhete dizendo que ainda existes, pelo menos assim, os outros continuarão a clamar por ti. Faça algo! (em tom bravo) Deus dos Miseráveis.
Oh Deus dos Miseráveis!... (em tom descrente) Cansei de clamar por ti.
O Bruxo