O som dos sonhos

O som dos sonhos

A vida é um jogo de sobrevivência. Enquanto uns se entregam á soma do cansaço, outros do outro lado ou perto, travam lutas inumeráveis, golpeando monstros invisíveis. Invisíveis também são os sonhos desses sobreviventes. Ninguém pode enxergar um sonho a não ser o próprio criador. Ninguém pode medir a altitude da alegria a não ser quem sente. Ninguém pode calcular o peso da lagrima depois que ela cai. Ninguém pode sobreviver no jogo da vida sem trazer nas malas os sonhos.

Mas quando a vida, cansada de tudo e tão frágil a ponto de não ouvir mais o som dos sonhos, o jogo pára e o sobrevivente separa as passagens e embarca rumo ao trem do sono.

Lembre-se há uma porção de atos simples, mas valiosos á vida. Como por exemplo; um abraço, palavras de carinho e encorajamento, um obrigado ou ate mesmo um ligeiro sorriso. E quando preciso os alertar aos riscos no caminho que o sobrevivente provavelmente irá encontrar.

Somos seres humanos, frágeis independente da posição social que ocupamos e de qualquer outro substantivo que venhamos á ter. Concentrar as forças alimentando o ódio, a violência, o desrespeito ao próximo por não ostentarem os mesmos paradigmas que os nossos, é diminuir aos poucos a voz do sonho, mas não só a do outro também a do nosso.

Enquanto for possível ouvir a voz dos sonhos a vida mesmo que exausta, deixa o sobrevivente degustar das alegrias em suas vitórias.

(...) E nenhumas das cartas foram respondidas, todas retornaram com a mesma observação: destinatário não encontrado(...)

Jane Krist

ao som de

Travessuras

Oswaldo Montenegro

Eu insisto em cantar

Diferente do que ouvi

Seja como for recomeçar

Nada mas a que há de vir

Me disseram que sonhar

Era ingênuo, e daí?

Nossa geração não quer sonhar

Pois que sonhe, a que há de vir

Eu preciso é te provar

que ainda sou o mesmo menino

Que não dorme a planejar travessuras

E fez do som da tua risada um hino.

Me disseram que sonhar

Era ingênuo, e daí?

Nossa geração não quer sonhar

Pois que sonhe, a que há de vir

Eu preciso é te provar

que ainda sou o mesmo menino

Que não dorme a planejar travessuras