O Vôo do Poeta

Quando lá nos limites dos meus olhos

Onde eles alcançam e percebem o infinito

Onde a montanha se une ao céu, tudo acontece...

E um ronco de avião solitário quebra a rotina do vento

As cabeças se movem pela novidade

Pequenas casas erguem-se ao longe

E me causam a impressão de renascença

O homem do céu...

O homem da terra...

O homem que voa...

O homem pé no chão.

E a espera...

O amor se funde ao azul

Ao verde

À terra...na sua cor marrom

Que cor terá o amor?

Brancas nuvens, neve, niente, natureza

Pareço tão pequeno diante desta grandeza

Criação perfeita de um Deus que não conheço

Como serão as cores de sua aura?

Beijos que dei no céu

Tentando beijar o rosto de Deus

Sopro que joguei pro alto ao vento

Perguntas sussurradas ao ouvido de Deus:

Por que tanta beleza para àqueles que não sabem para que serve a Natureza?

O sol quer surgir...

Sou formiguinha do Universo...

Sou criação de um ser esperto

Lá vem o sol!

E o dourado que colore

E se funde ao azul, ao verde

À Terra,

Ao amor!

Maio de 1998.

JANA CRAVO
Enviado por JANA CRAVO em 30/06/2010
Código do texto: T2350104
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