O Vôo do Poeta
Quando lá nos limites dos meus olhos
Onde eles alcançam e percebem o infinito
Onde a montanha se une ao céu, tudo acontece...
E um ronco de avião solitário quebra a rotina do vento
As cabeças se movem pela novidade
Pequenas casas erguem-se ao longe
E me causam a impressão de renascença
O homem do céu...
O homem da terra...
O homem que voa...
O homem pé no chão.
E a espera...
O amor se funde ao azul
Ao verde
À terra...na sua cor marrom
Que cor terá o amor?
Brancas nuvens, neve, niente, natureza
Pareço tão pequeno diante desta grandeza
Criação perfeita de um Deus que não conheço
Como serão as cores de sua aura?
Beijos que dei no céu
Tentando beijar o rosto de Deus
Sopro que joguei pro alto ao vento
Perguntas sussurradas ao ouvido de Deus:
Por que tanta beleza para àqueles que não sabem para que serve a Natureza?
O sol quer surgir...
Sou formiguinha do Universo...
Sou criação de um ser esperto
Lá vem o sol!
E o dourado que colore
E se funde ao azul, ao verde
À Terra,
Ao amor!
Maio de 1998.