A COMENDADOR CORUJA
Sempre que passo na Rua Comendador Coruja, sinto cheiro gostoso e agradável de infância e vejo uma menininha usando um grande laço nos cabelos e um vestidinho branco cheio de babadinhos. Em seus olhos negros, vejo tristeza e desencanto; parece-me estar bastante fragilizada. Seu olhar esconde segredos e inúmeras perguntas. Quando os dias são claros e luminosos, revela-se misteriosa; quando sombrios, inquisitória.
Às vezes, vejo-me debruçada a uma janela tal qual a menininha; todavia, em meu rosto há sinais de que estou enfrentando uma crise de bronquite.
Imagens se confundem... Chego ao final da Rua, deixando para trás inúmeras perguntas e lacunas na colcha de retalhos de minha infância. Estrelas afloradas das lembranças cintilam no meu coração.
Às vezes, vejo-me debruçada a uma janela tal qual a menininha; todavia, em meu rosto há sinais de que estou enfrentando uma crise de bronquite.
Imagens se confundem... Chego ao final da Rua, deixando para trás inúmeras perguntas e lacunas na colcha de retalhos de minha infância. Estrelas afloradas das lembranças cintilam no meu coração.