EU...HUMANO.

Trago no corpo as marcas da terra

De sombras e de guerra

De sonhos e pesadelos

Ora de pouca coragem

Ora de muitos medos.

Trago a lua que me confunde

As palavras que nem sempre aceito.

Sou do mais fino e duro aço

Mas tenho a maleabilidade do barro.

Trago na alma, a marca do Pai

Nas mãos a essência dos homens.

Sou de lagrimas e de revoltas

Sou o fruto da boa semente

Sou o caroço que espera ser plantado

Sou a própria chuva que me rega.

SOU EU...EU HUMANO

Com cicatrizes, quando das ofensas aceitas

Da lâmina banhada em sangue nas mãos

Quando sou eu o agressor.

Sou o processo em evolução

A criatura que eleva os olhos aos céus

Que marca sulcos na terra rasgada.

Sou o ser que é humano

Com a fagulha divina ainda em aprendizado.

Esperando a bendita perfeição

Para alçar novos vôos

Em outros céus de muitos arco-íris.

Eu...Humano.

De dores no corpo

E luz nos olhos.

De mãos fechadas

Mas com ferramentas

Ainda no galpão.

Di Camargo, 20/06/2010

Di Camargo
Enviado por Di Camargo em 20/06/2010
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