Até esvaziar de ti
Da minha alegria, e das profundas incertezas tento arrancar-te, esvaziar-me.
Ora saudade, ora conformismo. E o amor vaga por ai. Cheio de si.
Você conecta-se a mim, a quê? Me enlouquecer ou confundir-se?
“Toca” aquela música tão distante, tão suplicante, um desabafo. É real?
De novo? A quê?
Sim, deveria sumir, esquecer, calar no silêncio dos que sentem muito.
Nas linhas dos dias, nas bordas dos copos, nos olhares de outros, no “vento” das horas me seco de ti.
No céu que nubla e garoa, na nuvem que viaja, nas noites de insônia, sinto pensando em mim. Penso em ti.
Lágrimas, dor, decepção. E olha isso, mais um erro esse piscar de proximidade no escuro dos sentimentos perturbados, sangrados e confusos. A quê?
Moço do mundo, de outro mundo buscou em mim alguém, se fez em mim, paixão insana vaporosa como jamais sentira. Amou-me como louco. Entendo, sou “fogo”.
Então até meus poros temiam tamanho devaneio.
Logo um corpo dependia do outro.
O amor latente. A quê?
Pra continuar vagar o amor por ai. Cheio de si.
Pra eu até esvaziar, me “rasgar” entre “ódio”, amor e saudades de ti.