Melancolia
Alguns sentimentos às vezes dominam
a gente,
e não adianta ignorar as emoções,
elas vêm se apoderando
da mente
e sem deixar espaço pra mais nada,
vão solapando
tudo o que foi construído
ao longo do tempo.
Chega a arrebentação.
Tal qual uma onda gigante
que se quebra na praia,
o sentimento que nos vence
a razão
chega muitas vezes
intempestivamente
e causa convulsão.
Da alegria quando nos invade
é fácil falar.
Ela só rompe os diques
da sensatez,
faz o juízo ir embora
e o riso vira gargalhada,
mudando a toada da vida,
E se é a saudade que chega,
o movimento da alma é outro,
as sensações se esmaecem,
ou talvez se enternecem,
abrindo os braços ao vazio.
O que dizer então da melancolia?
É um saudosismo diferente,
mais dolente,
é um querer do que não se sabe bem,
uma ausência do que ainda não foi vivido,
do que é um ilustre desconhecido,
mas que dá vontade de ter
ao lado.
Como se os ocos de nossa alma
pudessem ser preenchidos
por esse algo indefinível.
Às vezes sinto-me assim:
melancólica,
surumbática,
extemporânea.
Tanta coisa intraduzível.
Ou será que não fujo à regra
e entrego a leveza do meu ser
ao peso tão humano da existência?
Se penso,
logo existo.
E quiçá por existir,
posso sentir
até melancolia de vez em quando.
Por que não?
Alguns sentimentos às vezes dominam
a gente,
e não adianta ignorar as emoções,
elas vêm se apoderando
da mente
e sem deixar espaço pra mais nada,
vão solapando
tudo o que foi construído
ao longo do tempo.
Chega a arrebentação.
Tal qual uma onda gigante
que se quebra na praia,
o sentimento que nos vence
a razão
chega muitas vezes
intempestivamente
e causa convulsão.
Da alegria quando nos invade
é fácil falar.
Ela só rompe os diques
da sensatez,
faz o juízo ir embora
e o riso vira gargalhada,
mudando a toada da vida,
E se é a saudade que chega,
o movimento da alma é outro,
as sensações se esmaecem,
ou talvez se enternecem,
abrindo os braços ao vazio.
O que dizer então da melancolia?
É um saudosismo diferente,
mais dolente,
é um querer do que não se sabe bem,
uma ausência do que ainda não foi vivido,
do que é um ilustre desconhecido,
mas que dá vontade de ter
ao lado.
Como se os ocos de nossa alma
pudessem ser preenchidos
por esse algo indefinível.
Às vezes sinto-me assim:
melancólica,
surumbática,
extemporânea.
Tanta coisa intraduzível.
Ou será que não fujo à regra
e entrego a leveza do meu ser
ao peso tão humano da existência?
Se penso,
logo existo.
E quiçá por existir,
posso sentir
até melancolia de vez em quando.
Por que não?