SE EU FALASSE A LÍNGUAGEM DOS ANJOS
Quisera entender a linguagem dos anjos e traduzi-la aos homens...
e transmitir-lhes mensagens de amor e perceber, em suas faces,
os seus diferenciados sentimentos.
De nada adiantaria se não acreditasse, se minha FÉ não fosse plena
a respeito do AMOR, da condição de exercê-lo em todas as suas formas.
Ando em busca de resposta para os mistérios...
não cabe a mim profetizar... sou grão de areia nesse DESERTO VIDA, enquanto o amor não é reconhecido, quer pela ciência, quer pelos homens mais comuns.
A mim não foi confiada fortuna, a não ser a de ter seguido o critério divino de crescer e multiplicar e dar frutos ao mundo e, através dos meus filhos, alcançar a bênção do amor existencial, incondicional, contido nas profundezas de minha alma e entranhas de mulher-mãe. Depois, há pouco tempo, fez-se em mim um amor ainda mais puro, gerado no coração pela força feminina da maternidade retomada no papel de avó!
O amor é sofredor por natureza... já senti suas garras desesperadas apertando-me o coração... ao mesmo tempo é benigno, benevolente... cuida, ampara, acalma, acolhe.
O amor é simples em sua essência, não é leviano nem soberbo...
nem interesseiro sequer, pois que se doa a quem o queira aceita-lo de bom grado... e pretenda exerce-lo puro e belo... sem suspeitar de sua honestidade e decência.
O amor é justo... injustos são aqueles que o renegam.
O amor é verdade, é doação... é proteção... suporta a fragilidade da mesquinhez dos interesses daqueles que o invocam, apenas como pressuposto às suas pretensões torpes.
O amor acredita nas imensas possibilidades de se fazer conhecer...
e espera ser reconhecido, afinal.
O amor é sensível e prestativo... está sempre à nossa disposição.
O amor sabe esperar... mas, enquanto aguarda, almeja estar presente em todos os corações.
Diante dos que o evitam e renegam, desconhece profecias contraditórias, cessa as línguas que o difamam, desacredita conceitos científicos que tentam destituí-lo e detê-lo... que pretendem que os homens não o alcancem.
O amor é belo e benfazejo... quando o encontramos, o sentimos como beleza e plenitude, como ardor e força, como entendimento e razão.
Seres humanos, imperfeitos que somos em parte acreditamos, em parte pretendemos profetiza-lo... na ânsia de alcançá-lo! Temos dúvidas a seu respeito... ansiedade por sua chegada... necessidade de sua perfeição... de sua LUZ.
O AMOR, em sua plenitude, bate à porta, desde a infância até a maturidade.
Cabe a cada um de nós estarmos prontos para acolhê-lo entre os braços e desfrutar de suas benesses.
O amor esteve comigo quando menina... amor filial, despertado pelo imenso amor paterno e materno me fez pretender o AMOR em todas
as suas formas.
O amor esteve comigo na adolescência e na juventude... o amor despertou em mim a jovem mulher e desse amor decorreu a experiência do amor maternal incondicional.
O amor erótico, ardente, apaixonado, esteve comigo por longo tempo... depois, recolheu-se ao recôndito do meu ser na expectativa de um dia reencontrá-lo em outra face, entre outros braços.
O amor maduro – o bom amor, o amor companheiro, ainda está para chegar.
O amor misterioso, metafórico, enigmático, retirou-se, apartou-se de mim. O amor verdadeiro está por vir, eu creio!
A quem o trouxer em seu âmago, assim como o trago em mim, o AMOR permitirá que nos reconheça-mos... face a face, olhos nos olhos -
a centelha compartilhada permanecerá como o amor maduro, generoso, companheiro, inundando nossos corpos, nossas mentes e nossas almas para demonstrar-nos que nossa fé nos moveu até ele... nossa esperança nos animou e, finalmente, o encontramos: – o AMOR em sua magnitude.
Interpretação pessoal do 1º CORINTIOS 13