NOITE
No cansaço das horas rasgo os papéis da noite.
Nas estrelas caídas vasculho a luz que esmoreceu.
A lua esconde-se nas minhas costas...
Escurece ainda mais o cansaço dos teus olhos.
Como o lobo que vagueia uivo perdida do meu som.
Faço desvios em busca da presa do prazer
E devoro-a na madrugada que se sucede à noite.
Sigo um ritual que se desintegrou e escurece.
E vou escurecendo nas noites sem papéis...