APENAS UMA AVENTURA
E sob nuvens brancas
Quase invisíveis ante ao sol escaldante
Nada lhe se passava senão atingir
O fim da estrada iniciada ainda na escuridão
Da madrugada igualmente quente em dias de verão.
E ofegante e cansado da louca empreitada
Não antevia à frente outra distância a ser vencida
E assim estava pensativo no que viria.
Descobertas dos já não presentes
Entes da história habitavam e estimulavam
A busca por novas e conhecidas narrativas
Contadas e recontadas nos livros
Mas nunca em pessoa vivida
Assim seguia seu caminho.
E como o aventureiro que se atira
Ao desconhecido e se entrega de braços abertos
Às novas possibilidades e incertos encontros
Nada dizia e caminhava.
E transposta grande jornada já vencida
Um gole d’água o suficiente e a caminhada se inicia
Assim é a estratégia empregada e obedecida
Porque sem planos e objetivos traçados
Generais perderam batalhas antes ganhas e enaltecidas.
E a batalha que não se dera por posse de terra
Ou conquista de donzela desejada e não assumida
Vencida foi a distancia antes desconhecida.
E a chegada à casa dos seus queridos
Entes e amigos contou o dia
Da aventura auto-imposta e vencida.
E da aventura sem promessa de medalha
Tirou a lição que é no primeiro passo
Que se vencem grandes distâncias antes temidas.