Pérolas aos porcos...

Deram aos porcos as parcas

Esperanças para a redenção.

Enfim a condenação...

As pérolas se soltam

E esparramam a vida no chiqueiro

Entre assombros e escombros

Vão-se um a um os fios do destino.

No cruzado jogo do julgo

Ficamos entre a cruz e a espada.

Mas, na réplica da vida

Buscamos a saída...

Que seja mais suave no suborno

E, nos contentamos com os restos.

Indigesta a luz que nos cega...

Que nos nega a presença da verdade.

E, em nossa “Santidade”...

Pagamos o preço de nossos pecados

Na míope ilusão que é de graça.

Mas tudo passa...

Como a consciência que passou

Tal qual o rio que passou por sobre as pérolas

E por descuido acreditou que eram pedras...

Nada mais!