Imaginário
Tudo é o nada que se sorve
Na imensidão do desconhecido
A lembrança que andava escondida.
E degusta a última pétala de vida
Que passa despercebida pelos olhos
Do infinito pulsante.
Doravante se levantam os claustros
Da agonia em lamentos constantes...
Temores contínuos...
No destino que desatina nas gotas
Cristalinas de uma saudade latejante
De tempos idos e falidos nos fios
Soltos do passado
Que não teve pressa de passar.
Mas que, no entanto passou
E não pretende retornar para ver o sol nascer.
Pois o amanhã espera por um novo dia nublado
De esperanças vãs.
Quando o nada absorve e regurgita
A sentença promulgada nos escritos
Que há séculos esperava no vau da vida.
Um horizonte sem pressa pinta na janela
Das sombras que passaram pela fresta do tempo.
E continuam ainda a povoar entre as fronteiras
De um sonho que ficou para trás
Perdido no imaginário errante.