Agulha no palheiro...
Agora ela queria
exatamente saber,
onde haviam
parado os
nossos antigos
beijos,
pois deles, nem
mais do sabor
era possível
se lembrar.
E também queria
saber em detalhes
por onde eu
andava nesta
bendita internet,
pois eu mais
parecia a uma
agulha perdida
no palheiro.
E se eu lhe
dissesse que
sempre estive
por aqui
visível como
a pura luz,
ela já torcia o
nariz
e nem
acreditava.
Ela queria ser
a única amada.
Num dia de
raiva incontida
ela de propósito
até fechara a
porta do MSN
em meu nariz,
alegando
que se eu não
pudesse ser
só dela...
realmente dela
eu não seria
nunca.
Never.
De ciúmes
só não morria
porque sabia
que esses
momentos
iam e vinham
como ondas
e só aconteciam
quando seu
coração
sangrava
na luta de se
impor como
mulher
amante de
um só.
Conformar-se
não se
conformava,
e nem queria,
porque tinha
já dentro de si
aquelas idéias
de um amor
muito mais
amplo do que
essas
triviais paixões
que surgem
para sacudir
os desejos
que logo se
esgotam em
missões
cumpridas.
Ela era assim,
mas eu não.
E se do amor
quisesse mais
ela me olhava
um tanto oclusa
e me dizia
que a janta já
tinha
sido e que eu
me contentasse
com a
sobremesa
servida em
doces beijos.
E na verdade
eu seguia
tendo fome,
sempre e
sempre,
muita fome.
Agora a perdi
de vista...
não a vejo mais
e há como um
silêncio
sepulcral entre
nós...
Um silêncio
daqueles que
prenunciam
outros ventos.
Sim...é possível
que sejam
também
outros tempos.
Ah..querida amada,
minha agulhinha !
Em que palheiro
você se meteu?
Conta...
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Autor: Cássio Seagull
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Prosa poética que fiz em 16-03-10 às 17 h em SP
Lua nova – sol – 30 graus
Beijos e abraços para você...Boa quarta...
cseagull2@hotmail.com
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