PÉ DE FEIJÃO
Sobre meus sonhos,
ainda sementes,
deitei e dormi.
Dormindo não via
que as sementes cresciam,
me envolviam,
e me arrastavam.
Ao acordar percebi
que dos sonhos era prisioneiro,
deles não podia sair,
a eles pertencia,
e que a realidade ria de mim.
O que senti nessa hora,
se vergonha ou raiva, não sei.
Sei que não encontrando um machado,
do alto do sonho que eu era
pulei olhando para a realidade
que lá embaixo rindo me esperava.
E por mais contraditório
que possa parecer,
agora enquanto despenco
do alto de meus sonhos,
do topo de mim mesmo, sonho.
Sonho vivo ficar quando
no chão da realidade cair,
e se conseguir acordar,
aqui voltarei para contar.
Balbueno – 27/11/2009