Bela e tímida...
Ela estava muito bonita quando
chegou
em seu corpo miúdo,
mas tão bem distribuído que fiquei
pensando como ela conseguia fazer
isso...de manter sempre essa
boa forma...
Rindo ela me disse que caminhava
todos os
dias...porque adorava ir vendo
o que via pelo
caminho, isso quando não tropeçava
em mim
pois fazíamos o mesmo roteiro,
que era ir ao trabalho.
Ela trabalhava
num lado da rua e eu do outro,
em duas multinacionais
que se respeitavam, rsrs.
Foi num lanchinho que a conheci
lá na lanchonete da Adélia,
e como estava chovendo
logo tive assunto...
Nossa !!! Que chuva forte...eu disse.
E ela me olhando um tanto
inibida só conseguiu dizer : É.
Com um é...tão sucinto...
dito mais para dentro
que para fora, já a imaginava uma
mulher de poucas palavras.
Mas logo me enganei porque
sua timidez era apenas inicial,
e não demorou
muito, ela já falava mais do que eu.
E não sou de falar pouco,
essa a verdade, rsrsr.
Ah...essa lanchonete e esse
primeiro encontro...
A chuva não parava...
mas eu tinha levado meu
guarda-chuva, e tudo bem,
acabei dando uma carona nele,
e a levei até seu trabalho...
No atravessar a rua ela de repente
se agarrou à minha cintura,
quando bem diante de nós caiu um
belo raio, desses de não se botar
defeito.
Enquanto ela sentia medo e se
agarrava
a mim...eu sentia seu calor.
Associado a esse raio...
o céu tremeu com
um surdo trovão...
ela se agarrou mais e mais...
em mim, que eu já estava até com
dificuldade de
manter o guarda-chuva em pé.
Aiii...tenho pavor de raios e trovões
você nem imagina...sabe?
Então lhe disse que imaginava sim,
porque ela
de medo tinha até cravado as unhas na
minha cintura.
Na realidade ela era parecida a uma orquídea
agarrada em mim,
e que perfume gostoso de mulher...
isso ela tinha mesmo.
Quando se desprendeu de mim e correu
para dentro da empresa...tive mesmo
de notar como ela era mesmo bela.
Na lanchonete ela havia me dito que
quando estava na internet...ela recebia
inúmeras propostas, das mais mirabolantes...
como para
ir velejar ou mesmo passear de Iate...
e ainda
deixavam vários telefones...e eram
tantos que
se quisesse poderia até fazer coleção.
Mas ela dizia ser muito tímida para
essas coisas
e que nunca havia levado a sério
esses homens todos que mais pareciam
caçadores de troféus,
e ela me esclareceu que não se
sentia apenas um troféu,
mas uma mulher simples...
que adorava andar de jeans e camiseta,
e que não estava nada interessada na
sofisticação da alta roda,
coisa que bem poderia fazer,
mas que não tinha o menor interesse.
Bem...eu tive de ficar calado nesse
momento,
porque ela estava muito entusiasmada
de mostrar-me o quanto ela era querida.
Acho que todos nós somos um pouco assim...
adoramos que nos queiram bem.
Hum....a chuva não havia ainda
esgotado o seu tanque.
Atravessei a rua de volta e fui trabalhar
naquela mesma multinacional onde
todos os dias fazia a mesma coisa,
ou seja,calcular os lucros da empresa
e o meu prejuízo mensal ,
pois quem trabalha não tem tempo
de ganhar dinheiro...rsrs.
Olhei pela janela...para ver se a chuva
diminuíra,
e lá estava ela na janela do outro lado,
no seu lindo vestido laranja, bem apertadinho...
me acenando.
Hoje minha multi deve estar feliz,
porque fiquei tão
contente dela me acenar,
que acabei trabalhando o dobro.
É por isso que as multinacionais
querem ver todos felizes...rssrs.
Hum...agora eu só pensava nela,
acho que vou
me apaixonar.Com certeza.
Que linda que ela é !!!
Tão tímida...adoro ela...
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Autor: Cássio Seagull
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Prosa poética que fiz em 01-02-10 às 21 h – SP
Lua cheia – chuvas fortes – 27 graus
Beijos e abraços para você...Boa terça... [hug] [love]
cseagull2@hotmail.com
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