Meia-noite
Sempre dizem que as feras se soltam ao anoitecer
De verdade, fiquei curioso em saber
Quais das deles iriam aprontar, brincar ou vandalizar?
Brilho púrpura, luzindo, vindo a me encontrar
Depara-se diante de mim... E agora? Correr!?!
Pobres ignorantes, sem futuro, sem norte e sem prazer!
Temem ao que não conhecem e conhecem ao que temem
Dizem-se seres superiores, fortes e bravos, mas... Por que mentem?
Van balela, falácia pura! Ainda que analise não encontro respostas
Por que se preocupar se o levam o se me levam nas costas?
Gozo prazeroso, denibriante, olhos marejados de prazer,
Dizem os antigos: “Isso não pode acontecer!”
Cadê meu respeito, cadê meu dinheiro, cadê minha cidadania? Cadê?
Falsos moralistas, pintam pose de artistas... Para quê?
Colapso da sociedade? Não! Não mesmo! Será o amor ao próximo?
Amo sim ao mesmo que eu e que vocês saiam do ócio
de às vidas iguais as minhas querem controlar com mão de ferro!
Amo um homem! E que mistério!?! Sim, eu berro, eu berro e berro!!!
Pobres são vocês que me detestam, refutam e julgam,
Saibam que à meia-noite é a mim a quem eles buscam
Para se deliciar contra o falso moralismo.
Cidade podre!
Agora pena cai cansada pela falta de intolerância,
Mas deixe estar, pois ainda virão minha vingança!