Sombra

Na noite a chuva cai silenciando a sombra que a trás do arvoredo se esconde. Temendo. Teme o vento - teme a sombra - teme a luz que a assombra, das estrelas apagadas pelo negro véu. Teme o chão que ainda não pisou. Ela teme.

Na noite que queima a angustia, ela teme a solidão. E sombra chora. Lá fora chove. E eu sou sombra.

Era então uma noite fria. Nela chovia. Nela ventava. E eu, sombra, lamentava

o lamento de ser

sombra

enamorada.

Madalena Castro
Enviado por Madalena Castro em 11/01/2010
Reeditado em 11/01/2010
Código do texto: T2023286
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