Toda vez

Toda vez que vejo o mar borbulhando meus pensamentos na crista,

ouço a voz d'alma minha refulgente agradecer encantada

a glória de pertencer ao Céu das sacras águas!

E quando me retardo em encontrar o caminho estreito,

ela no silêncio emudece em prece e flameja afortunada

com a chance divina de descartar-se dos entulhos!

Quando nódoas nublam o arco-íris deitado no horizonte,

arrebatada fé faz que minh’alma gema em sorrisos

e rebente estrelas de ternura, zeladas pelo Guardião superior!

E na quietude abençoada,

oh esplêndido dom do meditar!, posso então e somente então,

ouvir as vozes de meu Pai, sentir as fragrâncias de meu Pai,

viver os bálsamos de meu Pai e repousar em seu colo!

Látegos professores que sangue jorram são divinos,

enquanto desafio à esperança caminham dentro da fé incondicional!

Quando rompe seus rugidos das entranhas vulcanizadas e etéreas,

posso entender nas vozes aflitas da Terra mãe

uma carência fundamental do meu amor humano,

então junto minhas lágrimas à da chuva irmã e

clamo para que ilumines, oh ALMA DAS ALMAS!,

o meu amadurecimento

junto com o do Universo inteiro.

Ah Deus meu do amor!

Toda vez que nasço

e me enriqueço dos dons da aurora d’incrível magia

VIVO EM TI,

por ti

e para ti!

Santos-SP-24/07/2006

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 24/07/2006
Código do texto: T201104