" O tempo está passando "
Evaldo da Veiga
Dizem que já não estou tão movimentado,
que fico olhando distante e vendo o que ninguém sabe o quê.
Dizem que já não danço como antes...
Estou me guardando pra que, pra quem, eles estão pensando...
E eu não posso falar,
até poderia interpretar o que sinto e de certa forma dizer.
Mas pra quê ?
O tempo está indo...
Não me guardo para uma festa, não me guardo pra algo preciso.
Vou vivendo, só isso é o que consigo fazer.
Vejo as moças com a mesma emoção, talvez até mais,
mas fiquei cauteloso, respeitando o tempo e o amor...
Medo de ser incômodo, invasivo? Sim, por que não?...
Em certas questões sou cauteloso, por excelência.
Não por resguardo pessoal, mas na busca da gentileza...
Pra não machucar quem eu gosto de sentir e olhar.
Quem me ofende e pisa injustamente me defendo,
não consigo aturar.
Gosto de coisas que o Mestre disse, e sinto por ele profunda ternura,
mas não acho legal perdoar, perdoar, perdoar...
Dou tratamento diferente aos bons e caridosos,
aos que não machucam a vida e ao ser,
aos que respeitam a paz, o carinho e o amor.
Mas em mim permanece ainda, furor de agredir o agressor.
Estou me guardando não sei por que, enquanto isso,
quero vivê-la... Ela mulher, intensamente.
O melhor é estar de olho numa mulher,
com o mais intenso carinho e intimidade...
A vida já me deu e me tirou,
mas como ensino maior alertou que é preciso sorrir, amar...
Estou me guardando não sei por que e pra quem,
não é uma festa qualquer...
Talvez pra todos os dias,
amando filhos e amigos,
amando sempre a mulher.
N - Imagem, Tela do Salvador Dali
evaldodaveiga@yhaoo.com.br
Evaldo da Veiga
Dizem que já não estou tão movimentado,
que fico olhando distante e vendo o que ninguém sabe o quê.
Dizem que já não danço como antes...
Estou me guardando pra que, pra quem, eles estão pensando...
E eu não posso falar,
até poderia interpretar o que sinto e de certa forma dizer.
Mas pra quê ?
O tempo está indo...
Não me guardo para uma festa, não me guardo pra algo preciso.
Vou vivendo, só isso é o que consigo fazer.
Vejo as moças com a mesma emoção, talvez até mais,
mas fiquei cauteloso, respeitando o tempo e o amor...
Medo de ser incômodo, invasivo? Sim, por que não?...
Em certas questões sou cauteloso, por excelência.
Não por resguardo pessoal, mas na busca da gentileza...
Pra não machucar quem eu gosto de sentir e olhar.
Quem me ofende e pisa injustamente me defendo,
não consigo aturar.
Gosto de coisas que o Mestre disse, e sinto por ele profunda ternura,
mas não acho legal perdoar, perdoar, perdoar...
Dou tratamento diferente aos bons e caridosos,
aos que não machucam a vida e ao ser,
aos que respeitam a paz, o carinho e o amor.
Mas em mim permanece ainda, furor de agredir o agressor.
Estou me guardando não sei por que, enquanto isso,
quero vivê-la... Ela mulher, intensamente.
O melhor é estar de olho numa mulher,
com o mais intenso carinho e intimidade...
A vida já me deu e me tirou,
mas como ensino maior alertou que é preciso sorrir, amar...
Estou me guardando não sei por que e pra quem,
não é uma festa qualquer...
Talvez pra todos os dias,
amando filhos e amigos,
amando sempre a mulher.
N - Imagem, Tela do Salvador Dali
evaldodaveiga@yhaoo.com.br