AURORA

AURORA


Por mais intimidade que tenhamos com a natureza, Ela está sempre nos surpreendendo. Hoje quatorze de novembro de dois mil e nove. Como sempre, acordei no exato momento de costume.
Antes do nascer do sol, já estou no batente. Fiquei surpreso com tamanha algazarra dos passarinhos numa sinfonia encantadora. Um clarão intenso invadia meu quarto penetrando pelas frestas da janela. Assustado imaginando ter perdido à hora, levantei, rapidamente, esparramei no rosto o sinal da cruz, fui ao banheiro fazendo minha costumeira oração. Joguei um pouco de água pela façe, corri para o trabalho. E qual não foi minha surpresa ao abrir a primeira porta da loja!
A claridade rósea que iluminava a terra, tinha uma beleza encantadora. No longínquo horizonte a franja do infinito rabiscada pelos cirros, que se desfaziam em estratos, parecia estar manchada de sangue, sobre os efeitos do sol, que se preparava para nascer. Olhei no relógio ainda faltavam quinze minutos pras seis da manhã, horário que iniciamos nossa jornada. Por alguns minutos fiquei contemplando aquela paisagem geográfica, cuja beleza só o poeta Maior criador do universo, tem capacidade pra pintar de forma tão sublime.
Agradeci a ele o belo cenário, e fui trabalhar!

 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 14/11/2009
Reeditado em 28/12/2016
Código do texto: T1922952
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