Eu escolhi
Eu escolhi acreditar;
Escolhi seguir em frente.
Se este Deus confia em mim, se aposta suas fichas em mim.
Morrerei por Ele.
Morrerei pela causa.
Mesmo que seja perdida;
Mesmo que esteja perdida.
Meu ultimo grito será por liberdade.
Mesmo que os dragões sejam moinhos de vento.
Se há algo alem. que seja o meu Deus;
Se não há algo alem, que pelo menos viva eu em meus sonhos.
E meu sonho será um evangelho, de sangue, mas de liberdade espiritual;
De uma inexplicável alegria sem motivo...
Se for para celebrar o pudor, que seja o pudor da cruz.
Se meus pensamentos não me querem levar a lugar nenhum, seguirei meu coração.
Um coração que busca um Deus cru crucificado entre ladrões.
Se é para ter fé, não será na desfigurada justiça humana;
Prefiro antes a injustiça de um Deus que aceita o que um inocente morra por meus erros.
Mesmo que minha razão não concorde;
Terei um amigo acima nos céus.
Mesmo que meu coração não aceite suas decisões e contradições;
Verei nEle um amigo fiel. Que não me deve explicação, mas ama a minha companhia.
Mas não farei deste Deus amigo, a figura apática, distante, intocável, pintada por séculos de pensamento humano.
Antes farei deste Deus um companheiro, humano, que ao olhar nos olhos desta igreja visível de suntuosos templos e hierarquia política, perguntaria: “raça de víboras quem vos induziu a fugirem da ira vindoura”
Mesmo fadado a morte, acreditarei na eternidade.
Mesmo eterno, viverei como se fadado a morte.
E viverei e acreditarei nEle;
Não como um ditador arbitrário;
Mas como o amigo que me consola em seu peito.