O Sonho

Acordei extenuado, suado e com sede mas, satisfeito de tão real.

Fez-me suspirar, fechar os olhos e querer sentir tudo novamente.

O inesperado do encontro, a surpresa no olhar, abraços firmes, convidativos, apertados, colados mesmo, difíceis de separar.

O pouco falar o muito sentir.

O beijo inevitável. A princípio leve, curto, devagar. Depois profundo, intenso, gostoso, impossível parar.

O não querer querendo. O não pedir consentido, dado, oferecido.

Admirar a nudez mútua, jamais esquecida.

O amor intenso. Corpos a tanto conhecidos se reencontrando, reconhecendo, tocando-se.

Mãos se acariciando, explorando, apalpando, amando.

Lábios nos lábios, sugando cada canto, cada ponto, saboreando todos os gostos e prazeres.

Ah! Os olhos! Esses não deixaram um minuto, um segundo sequer de se olharem mutuamente, intensamente, como se soubessem que o sonho termina ao acordar.

Isidoro Machado
Enviado por Isidoro Machado em 31/10/2009
Reeditado em 02/08/2011
Código do texto: T1898157
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