Ventania 2
Nenhum dito exemplificado... Apenas recortes de outras moradas...
Assim, o texto seguiu o rumo que poderia... Que deveria.
Um fim fixado.
As voltas e voltas... Saídas sem chegada. Faz-se um caracol de dias...
Alegram-se a todas as "marias"... Menos eu.
A cigarra encontra o fino laço com a melancolia, quando percebe a formiga correndo em turnos todos os dias. Mas, a consciência só chega, quando o mundo vira precipício... Assim são as cantigas para crianças... Nem todas são belas... Nem todas a moral encerram.
Afinal, "é de pequeno que se torce o pepino"... Ditos populares que servem apenas para os outros calcanhares.
A Literatura toma o rumo do exorcismo... De retirar de si o engasgo...
Encontrarias o teu rumo... Em um lugar seguro. Escolhas-folhas sopradas aos milhares.
Não desejo mais flores... Nem canções... Nem textos longos a afinar corações...
Os dias estão chuvosos demais para tantas vozes açucaradas... Queria mesmo era ver um milagre...
Encontro o vento... Sou o vento.
Ademais, serveriam vinho no final!
Então, guardo os lençóis para o sono seleto... Nas nuvens, em braços escolhidos...
Tenho os passos muito soltos... Não aprenderam ainda o que é um potro chucro...
Ganharia ao lutar contra o vento?... Nunca... Em boca que se curva.
O texto ganha ares de rebeldia... Não seguro mais nada nessas linhas emaranhadas...
Assim, fecho as portas da hipocrisia...
Assim, coloco o pé na estrada...
20:54