Participação na ciranda da Maysa Barbedo
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Entre a espada e a parede
(Meriam Lazaro)
Entre a espada e a parede
há arranjos de sombra e de contentamento.
Mescla de eternidade e de murmúrio
nas mãos de quem escreve
e ousa fantasmas caiados
para erguer da pedra,
em lança viva, a palavra.
Rubra-lágrima somente aos olhos daqueles
que com os anjos comungam sentimentos.
Paredes que ouvem do cotidiano
regência de flores, colibris e folhas,
disciplina e ilusão,
reverberando a vida em sintonia incrível.
Espadas que convertem o choro, quando a dor vacila,
em lampejos do sem tempo,
qual borboleta livre do casulo informe...
Entre a palavra e o significado
há vertentes caudalosas
de quem sente gotejar a vida
em intensidade e calma.
Depois, serenamente, persegue,
com ares de inocência o Amor não perecível.
Meriam Lazaro
Entre a espada da saudade
(Angela Gurgel)
Entre a espada da saudade
E a grossa parede
Construída por sua ausência
Debate-se meu desejo,
Minha sede de beijo,
Minha vontade de tocar você...
Entre a espada e a parede
Caminham meus sonhos
Passeiam meus desejos mais medonhos...
Angela Rodrigues Gurgel