conversa conselho.

O Primeiro: "...Podemos ser e voar como o vento; à toa na vida esperando que tudo se reconfigure, que tudo se reconcilie. Porém isso não seria natural do ser humano. Esse não espera uma adaptação, ele adapta a adaptação.

É natural do ser humano fazer com que as coisas aconteçam. Enquanto têm a paixão de voar alto, têm a necessidade de raízes profundas.Vigor esse da alma humana que só pode crescer saudável com longas raízes. Caso contrário, seu próprio vento das alturas faz por derrubar-lhe."

O Segundo: "Ainda não me decidi se sou como uma borboleta de raízes ou uma árvore de asas.

Sei que tenho asas, sei que tenho raízes.

Não sejamos rígidos a ponto de nos prender em nossas raízes,

Não sejamos levianos a ponto de ignorá-las.

Não sejamos um,

Nem sejamos outro.

Caibamos dentro de nós mesmos.

Levemos nossas raízes com nosso bater de asas,

Todos os dias dentro de nós,

Assim se mostrarão ao mundo.

Valorizemos nossas asas, nossa vontade de voar,

Ela só existe pela força de nossas raízes.

Saibamos ir, saibamos vir.

Carregarmo-nos como seres únicos

É deixar Deus se desenvolver em nosso interior.

É acreditar em nós mesmos.

No que somos no Universo.

É ter segurança de que hoje devemos ter o bater de asas e o tamanho das raízes que nos cabe.

Sem medo de que nossas asas quebrem.

Sem medo de que nossas raízes enfraqueçam."

"O primeiro:

asas: o quanto você se entrega ao seu sonho que quer realizar

raízes: o que você conquistou no presente para conseguir realizar seus sonhos.

as asas quebram, se os sonhos turvam-se.

as raízes enfraquecem, se você se ausenta.

no equilíbrio, manter raíz forte e asas bonitas só é possível se você conseguir se ver por inteiro como ser uma terceira pessoa que sempre te observa.

-aquela pessoa que vê o mundo dos sonhos e o mundo da realidade.

-aquela pessoa que faz as decisões para concliliarmos o que sentimos e somos com o que temos à volta.

-aquela pessoa que nos faz seguir o "caminho que está preso ao tempo".

não esqueçamos que vivemos sobre tempo e ele não esquece da gente - embora muitas vezes esqueçamos dele.

se você está sempre se vendo por dentro e nunca como um terceiro, não poderá entender esse tipo de equilíbrio, entre asas e raízes, entre o que tens e o que vêm: a diferença entre sonho e realidade.

se ao contrário, estás sempre se vendo como um outro, não conseguirá saber ao certo o que sente, o que sonha, o que deseja, o que quer.

a mente é apenas uma, então passa a ser um exercício da pessoa saudável a migração constante entre a primeira e terceira pessoa."

FlávioDonasci
Enviado por FlávioDonasci em 15/10/2009
Reeditado em 17/10/2009
Código do texto: T1868436