Uma Canção
Uma cena que jamais esqueci: a intensa forma de cantar daquele moço.
Não me recordo do seu nome ou de qual música cantava. Lembro-me, porém da exposição completa de sua alma naquele palco improvisado.
Ele cantava para alguém ausente.
Ausente talvez, de si próprio.
Cantava como alguém que se despede de algo ou alguém, de inigualável valia.
Usava todo o fôlego dos pulmões, toda a força que possuía.
A sua dor temperava cada palavra, tornando aquela música única, poderosa, aflita.
Quando a canção acabou, ele olhou para a platéia com expressão de dever cumprido, mas para si do que para os outros.
Conseguiu tirar da garganta a voz que teimava em se esconder. E com lágrimas nos olhos ele recebia como o mais belo dos troféus a compreensão e os aplausos.
Expôs-se às pessoas desconhecidas e o desconhecido tornou-se seu ninho particular. E em meio à platéia, aquele moço (re) nasceu.
26 de setembro de 2009, Tx. De Freitas-BA
Uma cena que jamais esqueci: a intensa forma de cantar daquele moço.
Não me recordo do seu nome ou de qual música cantava. Lembro-me, porém da exposição completa de sua alma naquele palco improvisado.
Ele cantava para alguém ausente.
Ausente talvez, de si próprio.
Cantava como alguém que se despede de algo ou alguém, de inigualável valia.
Usava todo o fôlego dos pulmões, toda a força que possuía.
A sua dor temperava cada palavra, tornando aquela música única, poderosa, aflita.
Quando a canção acabou, ele olhou para a platéia com expressão de dever cumprido, mas para si do que para os outros.
Conseguiu tirar da garganta a voz que teimava em se esconder. E com lágrimas nos olhos ele recebia como o mais belo dos troféus a compreensão e os aplausos.
Expôs-se às pessoas desconhecidas e o desconhecido tornou-se seu ninho particular. E em meio à platéia, aquele moço (re) nasceu.
26 de setembro de 2009, Tx. De Freitas-BA