A CADEIA ALIMENTAR AMBIENTAL
A CADEIA ALIMENTAR AMBIENTAL
O lobo-guará numa noite fria de São João saiu à caça.
Ele caminhou a noite toda, e, de madrugada ainda estava com fome.
Então o canídeo disse para si: Preciso comer ao menos um ratão do banhado.
Ao alvorecer ele desentocou um ratão e o comeu rapidamente.
Já dia alto uma onça saiu à caça. Ela percorreu quilômetros e nada de bicho.
E a felina disse para si: Preciso comer ao menos um lobo-guará.
Anoiteceu outra vez e novamente o lobo-guará saiu à caçada.
O tempo estava escuro e muitos bichos notívagos saíram a caçar.
O lobo-guará caçou uma paca e um rato, e, cansado deitou-se para dormir.
A onça vagava, e, na beira do rio viu o lobo-guará dormindo.
Comeu-o.
Mas a onça também sentiu sono e deitou-se na margem do rio para dormir.
O jacaré tinha fome e disse para si: Preciso comer um ratão do alagado.
O dia já estava alto e a onça continuava a dormir na beira do rio.
Então o jacaré, de mansinho aproximou-se e comeu a onça.
Ontem vieram os homens-caçadores e viram o jacaré dormindo à margem do rio.
Hoje, o jacaré virou bolsa de madama, sapato e cinto para os humanos.
Hoje, o lobo-guará está em ritmo de extinção. Hoje, animais pedem socorro.
Hoje, se continuarmos a história amanhã o homem virará comida do lobisomem.
F I M.
Belo Horizonte, 30 de junho de 2006.