No Rufar de Tuas Asas
Tudo tem seu momento para acontecer.
Você, pequenina, veio na hora exata.
Quando o coração estava triste
e a casa um pouco mais vazia,
Deus, em sua infinita sabedoria,
permitiu que você a nós viesse.
Lembro aonde recebi a notícia
de tua tão esperada chegada.
Próximo à janela, sua mãe dizia:
“Agora é certeza. Está tudo confirmado”,
Era a borboleta que viria.
Encher essa casa de risos,
adoçar algumas almas... Preencher algumas vidas.
Hoje, mesmo passado alguns anos,
os olhos brilham rasos d’água
ao lembrar que éramos abençoados,
mesmo no caos que havia.
Nove meses, estávamos todos grávidos.
Olhávamos os sapatinhos de tricô e crochê.
Em sua maioria de tons verdes e amarelos,
até ter a certeza de que seria uma menina.
Uma pequena Borboleta.
Entrou então o rosa,
foi alegria por completo.
Vi teus primeiros passos,
ouvi suas primeiras risadas,
cantei baixinho pra te ninar,
toquei violão pra te fazer dançar.
Hoje é você quem me faz sonhar,
com seus talentos e sorrisos.
Oferece o ombro e fala sério
pra não me ver magoar.
Sempre será um presente precioso,
isso não há quem possa tirar.
Quero apenas que saiba, princesinha,
que foi quando você chegou
que o Mundo voltou a girar.
Agora, Borboleta,
tens asas belas e fortes,
Jamais, não importa quando
ou em que lugar.
Conte sempre com seu tio/amigo
Não tenha medo de Voar.
Fazem dezenove invernos
que sua luz nos aquece.
Dezenove anos que faz estrelas bailar.
(Para minha amada sobrinha, amiga e irmã).