RESTA-ME

Salvo do naufrágio,

Agora ando exilado em mim.

Buscando o que não perdi,

Encontrando o que nem sei.

Respiro uma vida, enquanto aspiro outra;

Dividido entre elas, não inspiro nenhuma.

Mantido só pela razão,

Temo e não arrisco nada.

Crio fórmulas sem formas,

Componho músicas sem letras.

Ao medir-me, constato limites,

Reconheço que pouco me conheço.

Também não entendo o que se passa,

Tampouco, em tudo consinto.

Resta-me a esperança que ainda tenho em Ti,

Resta-me o conforto que ainda vem de Ti.

por Magno Ribeiro em 20/9/2009 às 5:00h

MAGNO RIBEIRO
Enviado por MAGNO RIBEIRO em 24/09/2009
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